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Por que a reposição hormonal muitas vezes é necessária após tratamento cirúrgico do câncer de tireoide?

A cirurgia é o principal tratamento para o câncer de tireoide, um procedimento que pode remover parcialmente ou totalmente toda a glândula tireoide. Após a operação cirúrgica, a reposição hormonal será uma etapa necessária para o paciente oncológico.



Isso ocorre porque a tireoide é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), importantes para o metabolismo do corpo e que auxiliam a regular órgãos como coração, cérebro e rins. Remover a tireoide, portanto, significa uma queda na produção de T3 e T4 - uma condição chamada de hipotireoidismo, cuja ocorrência também pode ser decorrente de fatores como tireoidite (inflamações na glândula) ou bócio (aumento do volume da tireoide).


Logo, a reposição hormonal consiste justamente em recompor esses hormônios para normalizar o metabolismo. Essa reposição não precisa ser feita logo após a cirurgia, pois a circulação sanguínea pode manter os hormônios estáveis por alguns dias. A análise de um especialista é fundamental para avaliar quando será necessária iniciar a reposição hormonal após a cirurgia do câncer de tireoide, assim como definir a dosagem e o tempo de duração desse procedimento.


A reposição hormonal é feita com a ingestão oral da T4, em forma sintética, por uma vez ao dia. Alguns pacientes podem ter restrições à dose do medicamento utilizado, como os que têm suspeita de doença isquêmica do coração. Apesar disso, a reposição hormonal não costuma causar efeitos adversos no paciente - exceto em uso excessivo à longo prazo.



Mais informações sobre o câncer de tireoide


Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 16.660 pessoas são diagnosticadas com câncer de tireoide a cada ano no Brasil. Dessas, 14.160 são mulheres e 2.500 casos são em homens.


A incidência desse tipo de tumor cresce em todo o mundo desde a década de 1980, principalmente com um fenômeno causado "sobrediagnóstico", que ocorre quando há uma extensa investigação sobre uma doença que não causa sintomas ou achada acidentalmente em exames de imagem de alta resolução, como a ultrassonografia.

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