Cerca de 41 mil pessoas por ano são diagnosticadas com a doença no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Os mais incidentes são os de tireoide (principalmente nas mulheres), boca (nos homens) e de laringe.
De acordo com os Registros Hospitalares de Câncer do INCA, a detecção do câncer de cabeça e pescoço é, geralmente, tardia: mais de 70% dos diagnósticos ocorrem já em estágios avançados da doença, quando as chances de sucesso no tratamento são menores. Isso faz com que, anualmente, 13 mil pessoas venham a óbito por causa da doença.
Além de consultar regularmente um médico e realizar os exames necessários, uma forma de detectar o câncer de cabeça e pescoço nos estágios iniciais da doença é prestar atenção aos seus sinais.
A doença geralmente começa de forma silenciosa, mas pode se manifestar com:
nódulo na boca, pescoço ou mandíbula;
ferida que não cicatriza, mesmo após mais de duas semanas;
manchas vermelhas ou esbranquiçadas na boca, parecidas com uma afta, mas que persistem por mais de duas semanas ou que podem sangrar quando são tocadas;
dificuldades para falar, respirar ou se alimentar, com dores, falta de ar, rouquidão ou sensação de algo preso na garganta.
Caso note algum desses sintomas, busque a avaliação médica. Além do diagnóstico precoce, outro ponto importante é a prevenção do câncer de cabeça e pescoço.
Existem atualmente três grandes fatores de risco de tumores na região: o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e a infecção pelo vírus HPV. Evitar esses hábitos podem auxiliar diretamente a prevenir o câncer de cabeça e pescoço. Por isso é importante:
Não fumar e evitar todo tipo de produto derivado do tabaco (como narguilé e cigarro eletrônico);
Não consumir bebidas alcoólicas em excesso;
Ter relações sexuais de forma segura, com uso de camisinha, inclusive durante a prática oral e vacinar-se contra o Papilomavírus Humano (HPV)
Há outras formas de reduzir os riscos da doença, como:
Alimentar-se de forma saudável, com refeições ricas em cereais, frutas, verduras e legumes e que não tenham alimentos ultraprocessados;
Praticar exercícios físicos regularmente e manter o peso adequado;
Participar e colaborar em campanhas de vacinação, como contra o HPV, disponível gratuitamente na rede pública para meninos e meninas de 9 a 14 anos;
Consultar regularmente um médico e fazer exames de rotina.
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